As palavras não fazem jus às belezas naturais e paisagens hipnotizantes que os visitantes encontrarão nos Lençóis Maranhenses. São enormes morros de areia, lagoas de água doce às vezes azuis e verdes, e uma vegetação de restingas que formam um imenso mosaico esculpido pelos ventos e pelo ciclo das águas, quase uma dança que forma o maior campo de dunas da América do Sul.*100001* * 100002* O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está localizado a noroeste do Maranhão, a cerca de 250 km da capital São Luís, e é uma área protegida de 155 mil hectares controlada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O Cerrado é o bioma dominante, mas há fortes influências da Caatinga e da Amazônia que compõem os cenários de pura beleza que conquistam os turistas.
As principais bases de entrada em Lençóis são as cidades de Barreirinhas e Santo Amaro do Maranhão, ao lado da charmosa vila de Atins – uma vila nos limites de Barreirinhas. Nas duas cidades, e principalmente em Barreirinhas, agências e guias estão concentrados para ajudar nos passeios.
No entanto, o maior deserto úmido do mundo, a região de Lençóis, se estende além das fronteiras do parque nacional. Há passeios a circuitos lagunares, rio Preguiças, vilarejos charmosos, banhos de mar, banho no rio Formiga e experiências gastronômicas que completam todo o passeio. Descobrir a imensidão impressionante tanto no parque quanto nas aldeias vizinhas faz parte da experiência de Lençóis. E por lá só há superlativos: impressionantes, emocionantes, grandiosos… A lista é longa.
Além de sua vastidão, a diversidade cultural também é forte: os habitantes são um povo amigável e gentil, sempre útil e cheio de conhecimento; O artesanato usa fibra de palmeiras locais e a gastronomia é um capítulo à parte.
Falando em comida, a culinária é colorida por bacuri, frango, carne de bode, arroz de cuxá, frutos do mar como camarão suculento e muito buriti . Aliás, aqui é rei o buriti, pequeno fruto da palmeira onipresente no cenário maranhense, todos aproveitados. São telhados, palhas, sacadas, bolsas, tapetes e chapéus feitos com as fibras da fruta, que podem ser usados no famoso doce de buriti ou até mesmo consumidos com seu caldo, que vira uma mistura com farinha.
O que fazer
Lençóis tem uma paisagem única. Lá, as atividades no destino incluem caminhadas, observação da vida selvagem, natação em lagos, rios e mar, esportes aquáticos, quadriciclo, caiaque, curtindo a cultura local e degustando a comida local.
Entre os passeios mais populares na região estão o Circuito da Lagoa Bonita, da Lagoa Azul, uma visita às Lagoas Emendadas, um bom lugar para curtir um belo pôr do sol, e a Lagoa do Junco, cuja peculiaridade é seu profundo tom de azul – uma das mais belas Lençóis. A Comunidade da Travosa, acessível a partir de Santo Amaro, é especial com o trabalho dos marisqueiros de Sarnambi e o restaurante Toca da Guaaja.
Para os Lençóis, mas já na região de Barreirinhas, você pode Invista tempo nas praias de Caburé e também em Atins, antiga vila de pescadores com centro badalado, deliciosos restaurantes e pousadas. Há também caminhadas pelo Rio Preguiças e Rio Formiga.
Além das grandes dunas do parque, há também uma área denominada Pequenos Lençóis, localizada entre os municípios de Tutóia e Paulino Neves. Ali, no Rio Preguiças, em frente a Caburé, fica a vila de Vassouras, onde é possível se aventurar na areia de quadriciclo e conhecer a vila, lar de famílias que dependem da pesca e do turismo para sua subsistência.
Quando ir
As lagoas da região, principais atrações por lá, não são cheias e abundantes o ano todo, pois dependem da água da chuva. O litoral leste do Maranhão, onde está localizado o Parque dos Lençóis, tem duas estações distintas ao longo do ano: a estação chuvosa de fevereiro a maio e a estação seca de junho a janeiro. Após a estação chuvosa, a área ao redor do parque oferece seu cenário mais bonito, pois as lagoas estão cheias.
Com o passar dos meses, as lagoas vão secando lentamente, e novembro se apresenta como o mês com água muito baixa níveis. A época mais recomendada é visitar a região entre os meses de maio e setembro.
Vale ressaltar que há calor o ano todo. Para se ter uma ideia, Barreirinhas, a principal e mais famosa porta de entrada de Lençóis, tem temperatura média de 27°C. Mas atenção: os ventos costumam soprar com muita força pelas dunas.
Como chegar
Para conhecer boa parte da região e do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o ideal é visitar as três principais bases dos passeios: Santo Amaro do Maranhão, Barreirinhas e Atins. A maneira mais fácil de chegar é descer no Aeroporto Internacional de São Luís, que recebe voos das principais capitais brasileiras, e ir de carro até Santo Amaro e Barreirinhas.
Para chegar a Santo Amaro, é menos conhecida do público e menos estruturada, mas mais próxima de Lençóis (cerca de cinco minutos de carro), é preciso fazer um trajeto pela BR-135, seguir pela BR-402 até Santo Amaro, onde o último trecho da última é a rodovia MA-320.
Para chegar a Barreirinhas, o principal acesso é pela rodovia MA-402 com asfalto em boas condições de tráfego. A cidade de cerca de 60.000 habitantes possui uma boa estrutura de hospedagem, alimentação e diversas agências de viagens. Para chegar ao Parque dos Lençóis saindo de Barreirinhas, é preciso atravessar o Rio Preguiças de balsa. A partir daí, apenas veículos com tração 4×4 continuam o trajeto, que também é o trajeto até a vila de Atins.
Dica: Seja nas duas cidades, contrate guias turísticos para aproveitar as atrações. UTV (combinação de carro e quadriciclo) e 4×4, pode circular no terreno arenoso e pantanoso na orla do parque, que não cobra entrada. Proibidos, carros especiais também são úteis devido à geografia local.