A travessia dos Lençóis Maranhenses é a forma mais imersiva de entender a paisagem mágica de um dos mais belos parques nacionais do país. Atravessa uma imensidão de areia sem avisar outra alma ao lado dos burros pastando. Dorme (e traz renda para essas pessoas) nas casas dos moradores das comunidades que ali vivem. Mergulha em belas lagoas que outros turistas não alcançam. Ele observa o nascer e o pôr do sol com um brilho de cor nas dunas. Fica em redes para descansar e colher cajus frescos da árvore. A travessia é uma experiência única de vivenciar o parque nacional sem Farofa, só você e a natureza agreste. Abaixo as coordenadas para você planejar essa viagem de dificuldade média, mas inesquecível.

TRAVESSIA DOS LENÇÓIS MARANHENSES

Como é a travessia dos Lençóis Maranhenses?

Embarque em uma aventura inesquecível pelo encantador Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses! Desbrave uma imensidão de areia brilhante, sem encontrar outra alma além dos burros pastando. Desfrute da hospitalidade dos moradores das comunidades locais, que oferecem acomodações aconchegantes. Mergulhe em lagoas surpreendentes e secretas, que só são alcançadas por poucos sortudos.

Admire o brilho intenso do sol nas dunas, enquanto aprecia o nascer e o pôr do sol. Relaxa em redes, colhendo cajus frescos diretamente da árvore. A travessia dos Lençóis Maranhenses é uma jornada única e inesquecível, que permite vivenciar a natureza agreste sem distrações. Não perca mais tempo, planeje agora sua viagem de dificuldade média, mas cheia de impacto!

É muito difícil?

Viva uma aventura inesquecível na natureza! Se você é apto fisicamente e ama caminhadas ao ar livre, esta é a oportunidade perfeita para você. Sem se preocupar com logísticas, as famílias locais oferecem comida e abrigo, sem necessidade de carregar muito peso na mochila. Desfrute da sensação de liberdade ao caminhar descalço na areia varrida pelo vento, e desafie-se a escalar as dunas. Com o vento constante soprando, o calor será suportável. Intercale momentos de descanso, admiração de paisagens e mergulhos em lagoas cristalinas. Embora o último dia da viagem possa ser cansativo, acordando cedo para continuar, a experiência será recompensadora e inesquecível.

Qual a melhor época do ano?

A boa temporada para visitar os Lençóis vai de junho ao começo de outubro, quando as lagoas estão cheias. Agosto é o mês mais adequado: as chuvas cessam quase que completamente e as lagoas vivem seu auge.

Quanto custa a travessia dos Lençóis Maranhenses?

Se você fizer sozinho, mais uma pessoa e o guia, a caminhada inteira custa em torno de R$ 900 por pessoa (os três dias incluindo todo o transporte e alimentação) saindo e chegando em Barreirinhas. Caso haja mais pessoas no grupo, a diária do guia é diluída. Se você sair de Atins e for para Santo Amaro, o preço também diminui. Antes de comprar o ingresso, você pode verificar com a agência ou guia de turismo indicado se já existe um grupo interessado em uma data e, assim, pagar menos.

O que levar?

Um mochila pequena, de até 25 L (você pode deixar a mala maior na pousada em Barreirinhas), shorts, camiseta, toalha (leve aquelas de microfibra que vendem em lojas esportivas), casaco (porque à noite pode esfriar), lanterninha de cabeça, chinelo, garrafinha de água, lanches leves para trilha, chapéu e óculos de sol.

Como contratar a travessia e por onde começar a organizar a viagem?

A travessia dos Lençóis Maranhenses é uma aventura imersiva e inesquecível. Eu fiz a travessia com o incrível guia Marcelo Zelarayán, que altamente recomendo. Marcelo cresceu em Barreirinhas, estudou no exterior e retornou para administrar a pousada com a mãe e se tornar um guia experiente. Ele oferece vários percursos desafiadores para os mais aventureiros, incluindo dormir em barracas. Além disso, você também pode reservar passeios com uma estrutura um pouco mais confortável com agências como a Venturas, embora isso possa ser mais caro.

A travessia começa em Atins, mas a maioria dos guias turísticos parte de Barreirinhas, incluindo um passeio de barco pelo rio Preguiças, atravessando Pequenos Lençóis, Vassouras, Mandacaru e Caburé. Voar para São Luís pela manhã, pegar transporte para Barreirinhas e descansar antes da travessia é uma boa estratégia.

Para se hospedar em Barreirinhas, recomendo a pousada Paraíso do Caju, administrada pela família Marcelos, ou as pousadas Sossego do Cantinho ou Porto Preguiças para mais conforto. Não perca a oportunidade de experimentar essa viagem única e inesquecível.

Depois ou antes do trekking, devo ficar mais nos Lençóis? Tem mais coisa pra ver?

Transforme sua viagem a Lençóis Maranhenses em uma aventura inesquecível! A caminhada épica termina na vibrante cidade de Betânia, com vistas incríveis e próxima a Santo Amaro. Aqui, você pode descansar e explorar outras lagoas, como a Gaivota. Para uma experiência completa, retorne a Barreirinhas e termine sua viagem com um voo panorâmico de tirar o fôlego. Se você procura tranquilidade, não perca a oportunidade de visitar Atins, uma cidade encantadora com ruas de areia fofa e um ponto de encontro para amantes de kitesurf.

Roteiro da travessia dos Lençóis Maranhenses:

DIA 1

Por volta das 9h (o guia determinará o horário), um carro o levará até a beira do Rio Preguiças, onde você embarcará em uma lancha, já com a mochila pronta para a caminhada. De lá você vai visitar a vila de Vassouras onde você pode parar em um quiosque para beber água de coco e fazer uma pequena caminhada pelos chamados Pequenos Lençóis com manguezais, algumas dunas e lagoas. O barco segue para Mandacaru, vilarejo que abriga o farol Preguiças, com 32 metros de altura – de lá é possível entender um pouco da geografia da região. O almoço será em Caburé, em um quiosque entre o mar e o rio, onde você pode cair na água.

O trekking começa em um ponto próximo ao chamado Canto de Atins, onde o carro deixar o grupo. É emocionante entrar no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma imensidão de 155 mil hectares, mais ou menos o tamanho da cidade de São Paulo. Enormes dunas são lambidas por um vento incessante cujos golpes mais fortes chegam a 25 km/h. Lagoas de água azul de diferentes tamanhos aninham-se entre as colinas de areia (dependendo da época, você pode ver algumas já secas). Um deserto improvável e mutável onde só os fortes resistem, me disse o guia.

Fica entre 6 e 9 km até a cidade de Baixa Grande, onde vivem algumas famílias. Dormi na casa de Dona Odetes, que tem uma longa construção de madeira com redes umas ao lado das outras para receber turistas e cozinhar frango caipira para o jantar. Aproveite para ver o céu estrelado, incrível para os olhos urbanos, à noite e conversar com as pessoas.

DIA 2

Viva uma aventura inesquecível em Lençóis! Parta em busca do oásis às 7h, e prepare-se para admirar a paisagem surreal de dunas e lagoas. Durante o trajeto, desfrute de paradas para banho e descanso. Chegue ao destino, a aldeia de Queimada dos Britos, por volta do horário do almoço e aproveite o dia inteiro neste oásis de beleza exuberante e humidade.

Descanse nas redes, mergulhe no rio, atravesse-o em uma jangada e assista ao pôr do sol do alto de uma duna. A noite, desfrute de uma deliciosa janta de arroz, feijão, salada e frango caipira antes de se deitar cedo nas redes (ou na cama de casal disponível). Viva a história do descendente de Manuel Brito que fugiu da seca do sertão há cinco décadas e criou uma aldeia de 200 pessoas, a maioria pescadores. Não perca a oportunidade de vivenciar essa experiência única em Lençóis.

DIA 3

O último dia é o mais exigente fisicamente. Principalmente porque você acorda às 3 da manhã. É uma experiência louca andar no escuro em Lençóis, não entendendo bem para onde você está indo, mas apenas seguindo a sombra do guia. O esforço é recompensado pelo nascer do sol do alto das dunas. Você se sente pequeno diante de tanta beleza, tanta vastidão, tanto espaço.

Este dia de 17 km andando é muito cansativo. Com alguma alegria você recebe a notícia de que chegou à cidade de Betânia, ponto final da travessia dos Lençóis Maranhenses. O almoço é em um dos restaurantes simples às margens de um rio, que pode ser chamado de Rio Alegre. De lá é necessário agendamento prévio com o guia caso deseje retornar a Barreirinhas ou ir a Santo Amaro.