Antes da era das redes sociais, o Lençóis Maranhenses era um destino popular para viajantes aventureiros. Mas agora, com a popularidade das fotos perfeitas e influenciadores de viagens, Lençóis é considerado o destino de viagem mais desejado do Brasil.

E não há nada que possa comparar a experiência de estar no meio dessas dunas e contemplar sua sucessão interminável de lagoas azuis. Não acredite nas fotos do Instagram, pois a beleza que você verá pessoalmente é ainda mais surpreendente. Junte-se a nós e descubra a jornada a esse paraíso natural. Eu compartilharei minha experiência lá e darei dicas valiosas para planejar sua viagem perfeita.

QUANDO IR PARA OS LENÇÓIS MARANHENSES

Os Lençóis Maranhenses são uma paisagem em constante evolução, criados pela força da natureza – a chuva. Quando as águas se enchem, criam lagoas azuis espetaculares que são a imagem perfeita para postar nas redes sociais. No entanto, é preciso planejar a sua viagem com cuidado para ter a melhor experiência.

Não perca a oportunidade de ver o Lençóis Maranhenses em seu esplendor máximo de maio a agosto, quando as lagoas estão cheias e o sol brilha. Mas tenha em mente que, durante esta época, o turismo está em alta e as atrações podem ficar lotadas.

Se você estiver disposto a se aventurar, viaje na alta temporada de fevereiro a abril, quando a chuva cria as lagoas. Se prefere evitar a multidão, visite entre setembro e outubro, quando as lagoas não estão tão cheias, mas ainda é possível dar um mergulho. De novembro a janeiro, as lagoas atingem seu nível mais baixo, algumas até podem secar completamente, mas é neste momento que começa a chover novamente.

Lembre-se: os Lençóis Maranhenses são um verdadeiro tesouro natural que mudam com a estação, por isso planeje sua viagem com antecedência para garantir a melhor experiência e paisagem.

ONDE SE HOSPEDAR NOS LENÇÓIS MARANHENSES: ATINS, SANTO AMARO OU BARRERINHAS

Transforme sua viagem aos Lençóis Maranhenses em uma aventura épica explorando o majestoso Parque Nacional de Lençóis Maranhenses, que se estende por mais de 150.000 hectares de dunas e lagoas que parecem retiradas de um sonho.

Antes de embarcar em sua jornada, certifique-se de escolher a base certa para a sua aventura. Santo Amaro, Barreirinhas e Atins são os três lugares perfeitos para começar sua jornada no Parque Nacional de Lençóis Maranhenses. Mas lembre-se: escolha onde você vai ficar antes de comprar seu bilhete de avião e veja a diferença que fará na sua experiência. Não perca a oportunidade de explorar o paraíso das dunas.

Barreirinhas:

Es é para quem quer mais infraestrutura (leia-se: mais opções de hotéis, agências de viagens, restaurantes e Wi-Fi), mas não se importa em passar mais tempo chegando às lagoas ou dividindo espaço com muitos turistas;

Atins:

Tem mais raízes e também é mais difícil de alcançar. Saindo de São Luís são cerca de 4 horas de estrada e depois mais uma hora de barco. Por outro lado, as lagoas são menos movimentadas e as estradas são arenosas. Há pousadas simples, algumas mais charmosas (e igualmente caras) e nem sempre dá sinal de celular;

Santo Amaro:

Escapa do convencional e mergulha na beleza única dos Lençóis Maranhenses! O Parque Nacional é um paraíso de 150.000 hectares coberto por dunas e lagoas espetaculares. Barreirinhas, Santo Amaro e Atins são as principais bases para explorar esse paraíso. Mas, escolher qual é a melhor opção depende de ti.

Vivencia uma viagem inesquecível e escolha Barreirinhas se você quer a melhor infraestrutura da região, ainda que a cidade não seja das mais encantadoras. Se você procura estar mais perto das lagoas e dunas, Atins é a escolha ideal, mesmo que seja necessário desembolsar um pouco mais. A decisão é sua, tudo depende das suas expectativas.

Não perca a oportunidade de experimentar algo novo e viver essa experiência incrível nos Lençóis Maranhenses.

Hotéis e pousadas nos Lençóis Maranhenses

Apesar da fama dos Lençóis Maranhenses, o catálogo de hospedagem não é dos mais charmosos. Não espere luxo e mimos. Em geral, a acomodação é basicamente básica (e nem sempre tão barata). Você paga por estar próximo ou não ao parque nacional e pelo fácil acesso a serviços como restaurantes e agências de viagens.

Hospedagem em Barreirinhas

Descubra o paraíso dos Lençóis Maranhenses com alojamento de sonho. A Pousada Porto Preguiças é a escolha perfeita para quem busca um resort completo, com piscinas, ginásio, campo desportivo e quartos equipados com frigobar e televisão.

E se você procura uma estadia próxima ao agito de Barreirinhas, a Pousada Buriti é o lugar ideal. Com uma estrutura simples, mas atendendo às expectativas, você terá uma ótima hospedagem.

A Pousada Encantes do Nordeste é perfeita para quem quer adicionar um toque de elegância à sua viagem, com um restaurante variado e um pouco afastada do centro.

Se você quer desfrutar de uma vista deslumbrante a beira-mar, a Santa María Atins é o lugar ideal. Com quartos acolhedores e preços justos, você terá uma estadia inesquecível.

Já a Pousada Jurará oferece o melhor custo-benefício e fica a meio caminho entre o Parque Nacional e a Praia de Atins. Além disso, todos os quartos são climatizados, um grande bônus para quem visita Atins.

Por fim, para quem procura o melhor da região, a La Ferme de Georges é inigualável. Com chalés espaçosos, enormes camas e decoração sofisticada, você terá uma experiência única. Mas tenha em mente que os preços são um pouco mais elevados.

Onde se hospedar em Santo Amaro

O Ciamat Camp é a opção mais autêntica. Os chalés seguem uma linha ecológica, possuem ventilação natural e estão localizados em um terreno bastante arborizado.

Na Pousada Rancho das Dunas você encontra chalés espaçosos mas sem muitos frescuras. Possui ar condicionado e um restaurante.

COMO CHEGAR NOS LENÇÓIS MARANHENSES

O melhor aeroporto para quem voa para Lençóis é São Luís (SLZ), capital do Maranhão. Fica a 260 km de Barreirinhas e a 240 km de Santo Amaro. Isso significa que, ao desembarcar, você tem pelo menos 4 horas de condução pela frente. Se seu destino final for Atins você pode adicionar mais 1 hora de passeio de barco a esta conta.

O Aeroporto de Parnaíba (PHB) também pode ser uma opção. Em termos de distância, está mais perto do parque nacional. Mas por ter uma gama menor de voos, é mais caro e menos conveniente. Só vale a pena se você encontrar uma promoção de passagens ou combinar sua viagem para Lençóis com uma viagem ao Delta do Parnaíba.

Aqui, lembre-se de desembarcar no SLZ. Isso é o que a maioria das pessoas faz:

• De São Luís a Barreirinhas: São 4 horas de estrada, pela BR-135 e trechos da BR-402 e MA-225. O trajeto é asfaltado, mas há buracos pelo caminho;
• De São Luís a Atins: É o mesmo trajeto até Barreirinhas. Chegando lá, você ainda precisa pegar uma lancha do Cais de Barreirinhas e continuar de barco por mais uma hora. Procure organizar essa logística com a pousada ou com operadores locais antes de sua chegada;
• De São Luís a Santo Amaro: Você pegará a BR-135, depois a BR-402 e finalmente a MA-320. A última peça foi asfaltada há apenas alguns anos. Uma vez lá, deixe o carro no estacionamento da cidade e vá até a pousada com um jardineiro. Somente carros com placas locais podem dirigir lá.

É possível fazer esta viagem com um carro alugado ou transfer. Empresas de ônibus como a Cisne Branco também levam você a Barreirinhas e Santo Amaro. Fiz essa rota de ônibus e foi bem fácil.

COMO SE LOCOMOVER NOS LENÇÓIS MARANHENSES

Como não é possível viajar de carro dentro do parque nacional, não é necessário ter sempre um carro disponível.

Se você estiver hospedado perto do centro (seja em Barreirinhas, Santo Amaro ou Atins), você pode sair à noite e fazer tudo a pé. Você não precisa se preocupar com táxis. Os passeios às lagoas só podem ser feitos através de agências de viagens. Os guias passam pelas pousadas, enchem os canteiros e seguem para as dunas. Por isso, alugar um carro em Lençóis é um luxo dispensável na minha opinião.

Existem outras formas de explorar a região do Parque Nacional também. Por exemplo, você pode caminhar pelas dunas (acompanhado de um guia, é claro) e fazer uma travessia dormindo na casa dos moradores, e passar por lagoas onde os turistas não passam. Outra opção é complementar a viagem a Lençóis com excursões ao Delta do Parnaíba e Jericoacoara. É o que as agências chamam de Rota das Emoções. Nesses casos, a logística é diferente.

QUANTO TEMPO FICAR NOS LENÇÓIS MARANHENSES

Como não é possível viajar de carro dentro do parque nacional, não é necessário ter sempre um carro disponível.

Se você estiver hospedado perto do centro (seja em Barreirinhas, Santo Amaro ou Atins), você pode sair à noite e fazer tudo a pé. Você não precisa se preocupar com táxis. Os passeios às lagoas só podem ser feitos através de agências de viagens. Os guias passam pelas pousadas, enchem os canteiros e seguem para as dunas. Por isso, alugar um carro em Lençóis é um luxo dispensável na minha opinião.

Existem outras formas de explorar a região do Parque Nacional também. Por exemplo, você pode caminhar pelas dunas (acompanhado de um guia, é claro) e fazer uma travessia dormindo na casa dos moradores, e passar por lagoas onde os turistas não passam. Outra opção é complementar a viagem a Lençóis com excursões ao Delta do Parnaíba e Jericoacoara. É o que as agências chamam de Rota das Emoções. Nesses casos, a logística é diferente.

O QUE FAZER NOS LENÇÓIS MARANHENSES

Não é segredo para ninguém que o melhor dos Lençóis são as dunas e as lagoas. Vários passeios levam para conhecê-las, em programações que satisfazem todo tipo de turista. Mas não é só isso: uma vez na região, você também pode conhecer comunidades locais, navegar pelo rio e até tomar banho de mar.

O que fazer em Barreirinhas

Barreirinhas é o ponto de partida para os passeios clássicos pelos Lençóis. É de lá que também saem os aviões que fazem os famosos sobrevoos pelas dunas.

Circuito da Lagoa Bonita

É, de longe, o circuito mais bonito de Barreirinhas. As agências buscam o turistas nos hotéis e partem para o passeio. Depois de atravessar o rio de balsa, é preciso encarar quase uma hora de trilha. Mas o esforço vale a pena: você encontra cerca de 8 lagoas, em sequência, uma atrás da outra. Se fizer o passeio à tarde, tem a chance de assistir ao pôr do sol do topo das dunas.

Circuito da Lagoa Azul

A logística é quase a mesma do Circuito da Lagoa Bonita. Não oferece uma vista panorâmica, mas oferece boas paradas para banho. Passa pelas lagoas da Preguiça, da Esmeralda, Azul e do Peixe, que fica cheia de água mesmo fora da altíssima temporada. Também entra na lista de “clássicos”.

Passeio de voadeira pelo Rio Preguiças

É para quem quer conhecer os Lençóis além das lagoas. As lanchas descem o Rio Preguiças e fazem três paradas no caminho. A primeira é em Vassouras, onde dá para fazer um lanchinho e encontrar saguis fazendo graça para chamar a atenção dos turistas. Depois, o barco segue até Mandacaru, um vilarejo ribeirinho com um farol imponente. O último pit-stop é em Caburé, uma faixa de areia entre o rio e o mar. Lá dá para almoçar e fazer passeios de quadriciclo (cobrados à parte).

Sobrevoo pelos Lençóis

Os voos são o único jeito de ver as dunas do alto. A vista é linda, mas a brincadeira é cara (cerca de R$350,00 por pessoa). As saídas são do Aeroporto de Barreirinhas. A Voar Fotografia Aérea oferece três tipos de roteiros. No começo da manhã ou no fim da tarde, o visual fica ainda mais bonito.

O que fazer em Atins

Como eu comentei, minha primeira viagem para os Lençóis aconteceu há quase 10 anos. Na época, eu ainda não trabalhava com turismo e cometi um erro grave: por falta de informação, me contentei só com as lagoas que ficam perto de Barreirinhas. Elas são lindas e confesso que fui embora bem satisfeita. Mas hoje sei que poderia ter rendido mais. Deixei de fora o suprassumo dos Lençóis: as lagoas lindas e vazias de Santo Amaro e Atins.

Atins é um vilarejo de pescadores, charmoso e roots na medida. Segue toda aquela fórmula de destino instagramável: ruas de areia, pousadas fotogênicas, estilo rústico, lagoas mais limpinhas e menos muvucadas… Cenário perfeito, se não fossem os preços um pouco salgados. A oferta de passeios não é tão grande como em Barreirinhas, mas ainda assim há boas opções do que fazer.

Kitesurf

De agosto a janeiro, Atins vira um reduto de kitesurfistas. É nessa época que os ventos da região ganham as características perfeitas para quem é fã da modalidade. Resultado? O céu fica pontilhado de pipas coloridas e as pousadas mais movimentadas. E até os mais inexperientes podem entrar na onda. A Atins Kite Boarding oferece aulas privativas e em grupo.

Plânctons luminescentes

Na foz do Rio Preguiças, vivem plânctons que brilham no escuro, como vagalumes. Basta mexer a água e ela fica toda iluminada. Se tiver sorte, talvez consiga ver o fenômeno enquanto estiver por lá. Ele só acontece em noites escuras, quando a luz da lua não atrapalha a visibilidade. Pergunte na pousada ou nas agências locais sobre as saídas para o passeio.

O que fazer em Santo Amaro

Por fim, enquanto Barreirinhas e Atins tem várias outras opções de passeios, Santo Amaro é para quem quer ter overdose de lagoa. Isso porque a cidade fica quase que aos pés da dunas do Parque Nacional (e garante alguns dos visuais mais arrebatadores).

Ainda que quase todos os blogs de viagem façam listas e mais listas falando sobre o que é “imperdível” fazer por lá, não se prenda a conhecer todas as lagoas mais famosas. A cada ano a paisagem muda e a lista de lagoas mais bonitas também fica diferente. Nos Lençóis, o visual nunca é o mesmo. Pergunte aos guias quais lagoas valem mais a pena e confie no que eles disserem.

Emendadas

Na minha opinião, é o passeio mais interessante de Santo Amaro. Mas, definitivamente, não é para todo mundo. Para chegar até as lagoas, que se estendem por quilômetros, é preciso caminhar bastante em meio ao campo de dunas. Funciona assim: os carros levam até onde é permitido e de lá você segue com o guia. Não é dos percursos mais difíceis, mas, querendo ou não, você precisa ter condicionamento físico suficiente para andar cerca de 4 horas debaixo do sol. O visual compensa o esforço.

Lagoa da Andorinha e da Gaivota

Por fim, mas não menos importante, a visita às Lagoas da Andorinha e da Gaivota são outra opção de o que fazer em Santo Amaro. Elas são mais famosas e também as que mais ficam movimentadas aos fins de semana. Normalmente, estão incluídas nos tours que levam para conhecer as lagoas mais próximas de Santo Amaro. Mas vale o aviso: a Lagoa da Gaivota “furou” e já não é mais tão exuberante como anos atrás. O mesmo vale para a Lagoa da Bethânia, que também entra na lista de queridinhas por lá.